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Tempo de mudanças

  • Foto do escritor: EDSON LUIZ SIDOSKI
    EDSON LUIZ SIDOSKI
  • 22 de set. de 2022
  • 3 min de leitura

Atualizado: 27 de set. de 2022

Tempo de mudanças

Quando quem você era precisa dar lugar a um novo eu.

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Às vezes, a hora da mudança chega do nada. Ela vem assim, sem dó nem piedade. Chega de voadora, prepara o golpe mirando pra te desestabilizar. E desestabiliza. Às vezes você nem entende direito o porquê, mas sabe que precisa mudar. É aquele sentimento incontrolável, aquela agonia, aquela angústia que vem de dentro te avisando que tem coisa na sua vida que simplesmente não se encaixa mais. Ou que tá tudo mudando e você sente que precisa acompanhar o fluxo. Um aperto na garganta de sentimento preso, sentimento que você ainda nem entendeu, nem processou.

E aí você demora pra entender o que é que está em desalinho. E aí você tenta, faz de tudo pra buscar de novo o velho caminho. A gente rejeita a mudança porque recomeçar dói e assusta. Fomos programados desde cedo pra achar que a insegurança, a instabilidade e aquele frio na barriga que só quem teve que virar tudo de pernas pro ar conhece devem ser evitados. Buscamos a certeza, procuramos a rotina, rejeitamos o acaso. Não conseguimos aceitar que seja possível olhar para a estrada e não enxergar o que vem lá depois da curva.

E até que faz um pouco de sentido. A rotina, quando adotada nas condições normais de temperatura e pressão, é uma delícia: acalma, é previsível, fácil de ser vivida. E se tem um adjetivo que geralmente não vai bem com mudanças é "fácil". Mudar é mesmo muito difícil — exige planejamento, faz você repensar o que você acreditava que era a sua vida, exige trazer à tona um monte de sentimentos escondidos. Dá um medo infinito de se perder quando estamos nos encontrando. Nesse meio tempo, muita coisa dá errado, muita coisa desanima, muita coisa faz a gente se questionar se deve mesmo seguir em frente ou se conseguimos lidar com a falta do que vai ficar enquanto a gente vai.

Mas como diz aquela frase clichê (repetida por aí à exaustão), mar calmo não faz bons marinheiros. Quando temos a chance de vislumbrar um pouco do que poderia ser a nossa vida, do que poderíamos estar fazendo e vivendo (se já não estivéssemos sendo algo totalmente diferente), de tudo que estamos perdendo… Nesse momento entendemos: não há mais outra opção senão velejar. Assumir o leme, traçar uma nova rota, às vezes deixar alguns marujos para trás e aceitar ir na velocidade em que o vento te levar.

É nessa hora que a insegurança te faz ampliar o olhar e buscar novos rumos. Te faz enxergar que a vida continua existindo sem tudo o que ficou pra trás. É nessa hora que a instabilidade trabalha para te instigar a não aceitar o vazio do desconhecido, mas a lutar pelo que pode ser ou pelo que virá.

A vida é curta, mas é farta. Não dá para desperdiçar as possibilidades e deixar de ser feliz em nome de uma rotina calma, mas frustrada. Isso não é paz, é pura acomodação. Quando a rotina cansar, repense, inove, renove. Você não precisa acabar com a rotina, ela sempre existirá, é uma verdade intrínseca a tudo que dura. Mas você precisa se livrar do que irrita, do que incomoda, do que atrapalha, do que te bota para baixo ou puxa pra trás. Em resumo, de tudo aquilo que te impede de transformar a rotina em um dia a dia prazeroso. Não vale a pena gastar os seus dias pensando no que eles poderiam ter sido.

Mude enquanto você pode. Mude antes que seja tarde (se é que existe um tarde para mudar). Mude para salvar o seu agora. Mude porque não existe nada mais triste do que alguém que vive sempre desgostoso, pensando no "e se".


ACREDITE EM VOCÊ MESMO


TERAPEUTA EDSON LUIZ SIDOSKI




 
 
 

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